CRESCIMENTO ESPIRITUAL



"Por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude"(...). (2 Pedro 1:3-11).

Crescimento espiritual requer um esforço decidido: “reunindo toda a vossa diligência.” O Ap. Pedro vê o processo do crescimento como se fosse uma corrente, cada elo é parte do outro. Se um elo estiver fraco, a  corrente toda fica enfraquecida.

O Apóstolo nos dá uma lista de oito elos, os quais são as dádivas impreteríveis para o nosso crescimento na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

“Fé” é a primeira dádiva nessa corrente espiritual e o incentivo para a presença das demais dádivas. Fé é  sempre “em” algo. Pela fé, cremos  “em” Jesus Cristo como o nosso Senhor e Salvador. Nele temos a redenção, o perdão dos nossos pecados e a esperança da vida eterna. A fé nos introduz à vida cristã. Mas, a partir dessa entrada, temos que adornar a nossa vida com muitas outras dádivas, a fim de sermos completos em Cristo.

Temos que “associar com a a nossa fé a virtude”, uma vida santa e irrepreensível, que é a evidência de Cristo direcionando a nossa vida.

Mas, precisamos de mais: “Com a virtude, o conhecimento”. Não podemos viver a vida cristã sem o conhecimento geral da vontade de Deus, que se encontra nas Escrituras Sagradas. Portanto, a necessidade inadiável de uma leitura sistemática e regular da Palavra de Deus.

“Com o conhecimento, o domínio próprio”, a dádiva de discernir a divisa entre a prática dos nossos próprios interesses e a prática  dos interesses de Deus. O nosso coração precisa do domínio próprio, a fim de glorificar a Deus na prática desses dois interesses. Não podemos ser faltosos em nenhum dos dois.

“Com o domínio próprio, a perseverança”. Quando discernimos a vontade de Deus, temos que praticar a perseverança. Andar resolutamente, dia após dia, no cumprimento da vontade de Deus, inclusive no meio de desencorajamentos, o que nem sempre é fácil. Precisamos da dádiva de perseverança, a fim de não  desmaiarmos no caminho.

“Com a perseverança, a piedade”, o temor de Deus constrangendo o nosso procedimento nos atos de culto. “Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”, com uma reverência não fingida.

“Com a piedade, a fraternidade”. No culto público, estamos no meio de outros adoradores, irmãos e irmãs que, juntamente conosco, são herdeiros da mesma graça de vida. A cada um devemos aquele amor fraternal; levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade.

“E com a fraternidade, o amor”. O amor é o cumprimento da lei de Deus, que ensina: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc. 10:27).

Qual é a recompensa em adornar a nossa vida com essas oito dádivas de Deus? Em primeiro lugar, elas demonstram a nossa diligência no desenvolvimento da vida cristã. “Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo”.

E, em segundo lugar, são as evidências de que Deus tem começado uma boa obra salvífica em nossa vida. “Pois aquele a quem estas cousas não estão presentes é cego.” Como podemos nutrir a esperança da vida eterna se não temos em nós os sinais vitais da vida cristã?

Eis a exortação: “Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição.” Essa confirmação será reconhecida através da presença dessas oito dádivas de Deus agindo eficazmente em nossa vida. “Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Enquanto associamos uma dádiva com outra, Deus suprirá todas as demais necessidades para que tenhamos uma entrada ampla e vitoriosa no reino eterno do Sustentador da nossa fé. Eis a norma para alcançar a certeza da salvação.


Rev. Ivan G. G. Ross

Fonte: Vasos de Honra

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