O que é pecado?


Mais do que a noção de certo ou errado e acima de um sentimento psicológico de culpa ou remorso, porque mesmo os que não acreditam em Deus sentem estas coisas, e acima da culpa pela transgressão de leis justas e códigos penais, presentes, inclusive, em nações laicas, o conhecimento do pecado e da condenação futura permanece no faltoso mesmo nos casos em que ele é punido pela lei dos homens e paga a sua dívida com a sociedade...

Como explicar isto? Até uma criança que nunca foi ensinada neste sentido já nasce com este estranho conhecimento do “pecado”. Ao crescer e pecar, sabe que se tornou devedora a Alguém, a quem terá de prestar contas. E o que é mais intrigante: prestação de contas depois desta vida!

Mesmo nas mentes dos povos mais incultos e primitivos há cobranças refletidas que vão além da consciência que, não obstante agir o tempo todo acusando ou defendendo, não consegue acabar com esta misteriosa certeza de cobrança em Juízo futuro.

O pecado, portanto, vai além do conceito de certo ou errado, vai além das cobranças da consciência, vai além da transgressão das leis dos homens, vai além dos conceitos religiosos, porque gera no ser humano uma misteriosa certeza de condenação futura. O pecado acusa além das fronteiras da consciência. Aquele que comete pecado sabe no seu interior que se tornou devedor a Alguém superior e que precisa de seu perdão.

Jeremias, não obstante ser um homem íntegro e de boa reputação para os padrões legais, sentiu o peso da condenação espiritual e apelou para o amor de Deus: “Posto que as nossas iniquidades testifiquem contra nós, ó Senhor, opera Tu por amor do Teu Nome; porque muitas são as nossas rebeldias; contra Ti havemos pecado” (Jr 14:7).

COMO SURGIU O PECADO?
 
O pecado não foi criado pelo Homem. Aliás, é bem anterior à raça humana. Foi concebido nas entranhas de um outrora magnífico ser espiritual. Antigo texto diz: “Tu eras querubim ungido para proteger e te estabeleci. No Monte Santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti. Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste” (Ezequiel 28:13-16). 

Este “querubim” – anjo da primeira hierarquia – foi o autor do pecado e rebelou-se contra o padrão santo e perfeito de Deus. Por ter pecado, não pôde mais desfrutar da Sua Presença e foi expulso do Lugar Altíssimo, lançado ao mais profundo do Abismo (Isaías 14:12-15).

Jamais os psicólogos, sociólogos, historiadores ou arqueólogos encontraram um só povo que fosse imune a esta estranha convicção de “pecado”. 
 
 COMO SURGIU O CONHECIMENTO DO PECADO?
 
O ser humano também foi criado perfeito e sem pecado. Vivia em comunhão plena com Deus, no lugar mais extraordinário que já existiu na face da Terra. Sua única restrição era comer da Árvore do Conhecimento do “Bem e do Mal” (Gn 2:17). 

Comer daquela Árvore não traria ao ser humano uma nova revelação do Bem - porque o “Bem” o Homem já conhecia na sua mais elevada e profunda acepção. Comer do fruto daquela Árvore só poderia lhe acrescentar o conhecimento do “Mal”. O Tentador sabia disso e por esta razão seduziu o ser humano até levá-lo a aceitar a sua sugestão.

Quando Deus disse ao Homem: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17b), não estava no fruto o conhecimento do Mal e a Morte, mas o conhecimento do pecado, que é o agir contra a vontade de Deus, declarada na Sua Palavra e, quando da falta Dela, no íntimo de cada pessoa, impregnando-lhe a alma.

Porém, o conhecimento da vontade de Deus não livra o ser humano do pecado e das suas consequências. E isto foi provado na história do povo escolhido, que recebeu a Sua Lei por escrito e, mesmo assim pecou contra o Senhor, traspassando-se com muitas dores e sofrimentos, conforme se lê: “E venderam-se para fazer o que era mal aos olhos do SENHOR, para O provocarem à ira. Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e os tirou de diante da Sua face; nada mais ficou, senão a tribo de Judá. Até Judá não guardou os mandamentos do SENHOR, seu Deus; antes, andaram nos estatutos que Israel fizera. Pelo que o SENHOR rejeitou a toda semente de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os tirou de diante da Sua presença” (II Rs 17:9-12, 16-20). Veja neste texto que, mesmo estando dentro da Lei de Israel, estavam fora do estatuto perfeito do Senhor.

A consequência direta do pecado é a separação de Deus, sem exceção, e em qualquer nível: o querubim pecador foi expulso do Céu, o ser humano pecador foi expulso do Paraíso, o povo pecador afastado da Presença do Senhor. E isto provoca dor, vazio e sofrimento na alma.

O pecado, além de distorcer tudo o que a pessoa pensa, diz e faz, ultrapassa os limites da consciência, corrompe a alma e causa a morte espiritual do pecador. Por isso o ser humano, quando peca, não age mal apenas contra seu próximo ou contra a sociedade. Age mal primeiramente contra a sua própria alma. Isto fica claro quando lemos em Provérbios: “Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me aborrecem amam a morte” (Pv 8:36).

Em resumo, pecado é a insubordinação, desobediência, indisciplina à vontade de Deus, que está declarada tanto na Palavra como no íntimo do ser humano, além da consciência, na sua alma. Pecado é não atingir o padrão divino, é a ofensa a Deus, é deixar de amar o semelhante, é deixar de respeitar a personalidade e o direito alheio, é a autossuficiência, é o orgulho egocêntrico de quem se julga capaz de conduzir sua própria vida, repugnando a interferência ou os planos de Deus (I Jo 3:4; Mt 5:21-32; Lc 15:18,21; Rm 3:23; Ef 2; Mt 5:38-48; I Jo 3:15; 4:8; Rm 13:9; Gn 4:5; II Sm 11, Ml 4:1; Lc 1:51; Tg 4:6; I Jo 2:16).

A pessoa pode até não acreditar, mas o Autor da Vida disse: “Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18:4).

O ser humano pecador está morto espiritualmente e a sua exclusão definitiva e eterna da presença de Deus será a sua segunda morte (Rm 5:12,21; 6:23; Mt 25:41; II Ts 1:9; Ap 20:11-15).
 
DEUS DESEJA O SOFRIMENTO E A MORTE DO PECADOR?

O SENHOR não deseja nem uma coisa nem outra: “Vivo eu, diz o SENHOR Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos. Pois, por que razão morrereis?” (Ez 33:11).

O problema é que o pecado é uma força maligna, que imobiliza o ser humano e o torna cada vez mais incapaz de resistir. O pecado escraviza a tal ponto, que obriga a pessoa a praticar o mal, mesmo quando não quer (Rm 7:18-20). Por isso Jesus disse: “Em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é escravo do pecado” (Jo 8:34).

O ser humano não tem como libertar-se a si mesmo e tampouco pode salvar-se dos seus próprios pecados. Nenhum recurso humano é capaz de livrar o pecador da certeza íntima da condenação futura. Empregar meios humanos para conseguir o perdão e a salvação é o mesmo que tentar se erguer do chão puxando os próprios cabelos. Por seu mérito, obras e esforço próprio, nenhum homem pode apagar os seus pecados e recuperar a pureza perdida, que é indispensável para a sua salvação.

Deus sempre se preocupou com a redenção do homem, tendo já no Antigo Testamento colocando o seguinte meio para o perdão do pecado: “É o sangue que fará expiação em virtude da vida” (Lv 17:11). Para isto, usava-se um cordeiro ‘sem mancha e sem defeito’, simbolizando a inocência e pureza, que era sacrificado em favor do pecador.

Tal sacrifício era insuficiente, pois a cada novo pecado cometido, exigia-se o sacrifício de um novo cordeiro. O animalzinho inocente tomava o lugar do pecador somente no derramamento de sangue, mas não como ser humano, estando, aí, o sacrifício incompleto. O pecador precisava de um Salvador completo e perfeitamente humano!
 
SERIA JESUS O SALVADOR DOS PECADOS?

Quando José viu a sua noiva grávida de três meses, seu mundo desmoronou! Jamais a havia tocado e sempre a respeitou, guardando-a para o casamento. Por isso, José teve a certeza absoluta de que sua noiva havia adulterado!

Passou, então, a viver um drama pessoal: caso a denunciasse aos anciãos da sinagoga em Nazaré, Maria seria morta à pedradas, conforme mandava a Lei: “Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela, então, trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis com pedras, até que morram” (Deuteronômio 22:23-24).

Mesmo sentindo-se traído, e para poupar a noiva e a criança inocente em seu ventre, que também morreria apedrejada, o justo José preferiu fugir e ficar com a pecha de noivo sem escrúpulos, “um mau-caráter” que abusou da noiva antes do casamento e a abandonou grávida. Diz-nos o Evangelho de Mateus: “E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um Anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo.

Ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; PORQUE ELE SALVARÁ O SEU POVO DE SEUS PECADOS. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: ‘Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco’.

José, tendo despertado do sono, fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua mulher. E não a conheceu como mulher enquanto ela não deu à luz um filho, o primogênito”. (Mateus 1:18-25 e Lucas 2:7).

Maria, então, contou a José sobre a visita do anjo de Deus e como tudo tinha acontecido, mas que preferira guardar as profecias no seu coração, até que tudo se cumprisse. O relato está no Evangelho de Lucas, capítulo 1:
“No sexto mês, foi o Anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi. E o nome da virgem era Maria.
E, entrando o Anjo onde ela estava, disse:
– Salve, agraciada; o Senhor é contigo.
Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa.
Disse-lhe então o Anjo:
– Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de JESUS. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo. O Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.
Então Maria perguntou ao Anjo:
– Como se fará isso, visto que não conheço varão?
Respondeu-lhe o Anjo:
– Virá sobre ti o Espírito Santo e a Virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra. Por isso o Ente Santo que de ti há de nascer será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril. Porque para Deus nada é impossível.
Disse então Maria:
– Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.
E o Anjo ausentou-se dela.”

O que eu quero examinar aqui com você é o significado do nome JESUS, dito pelo Anjo, e também esta palavra que Gabriel disse a José: “Ele salvará o seu povo dos seus pecados”, porque foi nesta ocasião que a palavra “pecado” apareceu no Evangelho pela primeira vez. Portanto, a solução do pecado foi um assunto prioritário, tratado pelo próprio Deus.

"Jesus também é o único ser humano que viveu neste mundo sem nunca ter cometido o menor pecado, o único que morreu como Cordeiro naquela Páscoa para tirar o pecado do mundo (Jo 1:29), e ressuscitou, para salvar o Seu povo dos pecados (Ap 1:17-18). Ele é o único que pode salvar você de todas as culpas e condenações, libertar a sua vida de vícios e de tudo que infelicita". 
 
A QUEM CHAMARÁS JESUS; PORQUE ELE SALVARÁ O SEU POVO DOS SEUS PECADOS
 
Quando o Anjo confirmou a José o mesmo Nome que já havia dito à virgem (Lc 1:31), ficou claro o por quê da vinda Daquele Bebê: “Ele salvará o povo dos seus pecados”. 

JESUS é a tradução portuguesa do nome hebraico YeHOSHUA, que quer dizer YAVÉ (DEUS) SALVA. Portanto, o próprio Deus seria o Salvador dos pecados humanos. Porque, do mesmo modo que um agente externo trouxe o pecado para o Homem, também a sua Salvação teria que vir de fora.

Jesus sempre teve plena consciência de que a sua missão de libertar os homens da escravidão do pecado só teria êxito se ele assumisse o lugar do cordeiro, inocente, oferecendo o seu corpo “sem defeito, sem culpa, e sem mancha”, para que o seu sangue fizesse expiação em favor dos pecadores (Jo 3:14; 8:28; 12: 24; Mt 20:28; 26:24).
Isto foi providência do próprio Deus: “Porque Deus amou o Mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna” (Jo 3:16). 

O querubim caído é o autor do pecado e da Morte. Deus é o Autor da Salvação, por YeHOSHUA, o próprio Deus que salva!
 
UM SINAL DE DEUS PARA PROVAR QUE JESUS É O ÚNICO SALVADOR:

Uma virgem pode até ser engravidada por um homem e dar à luz virgem. Mas nunca sem a semente de um homem. A gravidez da virgem Maria é o único caso na história em que uma mulher ficou grávida sem a semente masculina. E assim tinha de ser, conforme profecia escrita no Livro do profeta Isaías, capítulo 7:14: “O mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”.

Lá no Paraíso, Deus já tinha dito ao Tentador:
“E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta [a semente da mulher] te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15).

Fica claro, pelas profecias, que JESUS - o Único gerado por Deus apenas da semente da mulher - é o único Salvador e, ao mesmo tempo, o “Deus conosco”.

E aqui há uma revelação que eu quero que você reflita: Toda mulher tem em sua célula um par de cromossomos do tipo XX. Já o homem carrega o X e o Y, onde o Y é determinante do sexo masculino. Jesus, apesar de ter aparência masculina, é o único no Universo que não tem o cromossomo Y; apenas X. Porque Ele é a semente da mulher! E este sinal único foi dado pelo próprio Senhor para que ninguém se confunda na hora de escolher quem é que realmente salva o ser humano dos pecados!

E não é só isso: Jesus também é o único ser humano que viveu neste mundo sem nunca ter cometido o menor pecado, o único que morreu como Cordeiro naquela Páscoa para tirar o pecado do mundo (Jo 1:29), e ressuscitou, para salvar o Seu povo dos pecados (Ap 1:17-18). Como você vê, não dá para se enganar na hora de escolher o Salvador.
 
Ele é o único que pode salvar você de todas as culpas e condenações, libertar a sua vida de vícios e de tudo que infelicita. A sua morte, antes de ocorrer foi, no Seu próprio dizer, para nossa remissão (Mt 26:28). Paulo pregava e em todo o Novo Testamento você encontra a mesma afirmação: “JESUS morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.” (I Co 15:3-9, Ap 5:9).
 
Se você O receber como seu único, suficiente, exclusivo e eterno Salvador, Ele escreverá o seu nome no Livro da Vida (Ap 3:5, 20:15), e fará de você uma nova pessoa agora mesmo. Você nascerá de novo, gerado pelo Espírito Santo de Deus! Olha que promessa gloriosa: “Mas a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu Nome: os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus” (João 1:12).
 
Note que não se trata de um novo nascimento carnal, mas espiritual. É só recebê-Lo como Salvador, que este milagre do novo nascimento acontecerá agora mesmo e você será uma nova criatura nesta vida! Quer recebê-lo agora? Se sim, abra a tua boca e o teu coração e diga: SIM, EU QUERO!
 
Parabéns! Procure uma comunidade realmente cristã, que não explora a fé e nem a ingenuidade das pessoas, e confirme a decisão que você tomou agora. Batize-se nas águas, tome a Santa Ceia do Senhor regularmente, e fique firme até Jesus voltar. Lembre-se que tudo isso é ordem do Senhor ressuscitado (Mc 16:15-16, Mt 26:26-28 e I Co 11:25).
 
Deus abençoe a sua vida!

Juanribe Pagliarin

Advogado, publicitário, teólogo, fundador e presidente da Comunidade Cristã Paz e Vida e do Ministério Pregadores do Telhado.

Fonte: Exibir Gospel

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